sábado, 6 de fevereiro de 2010

Mais cartas

O tempo passa e a gente continua buscando enredo em outros sambas que não aquele que a gente nasceu pra dançar. Histórias que a gente não vive, imersos em tanta não-ficção. E quando acha uma verdade estonateantemente forte a gente se agarra, como aos braços de nossas sempre mães. Continuamos escrevendo cartas sem destinatários, por mais que o bom senso peça o contrário. Quem sabe alguém um dia leia. Quem sabe alguém um dia entenda essa fórmula de viver dos sonhos, de encontrar poesia onde o racional é rei. Mas o mundo é suficientemente áspero para podar qualquer sentimentalidade. E então é como se vivêssemos duas vidas. Uma é aquela que nós realmente vivemos, obrigados a colocar a esperteza acima de qualquer sentimento que extrapole as guias da etiqueta. A outra é a vida que escrevemos aqui nessas cartas, cheias de entrelinhas e sonhos. Cartas de um remetente só.

Assim escreveu um amigo poeta!

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